A partir de agora contaremos a história de Sólon Taris, o herói solitário.
Sólon Taris nasceu no 15º dia do mês de Hefesto durante o 78º ano da Era Arcadiana, na pequena e próspera vila de Jakar, situada na região de Lengdoc, no extremo sudoeste do Velho Mundo. Jakar era um aglomerado de casas à beira-mar, com um porto e um pequeno mercado público que sobrevivia da pesca, derivados de leite e carne e outros produtos comercializados entre as pequenas vilas da região. Afastada pelo menos 30 km da cidade mais próxima, Jakar gozava de tranquilidade e prosperidade devido também a uma grande floresta ao norte que fornecia madeira até para exportação.
Sendo o filho mais velho de quatro irmãos, Sólon logo cedo aprendeu o ofício de seu pai, Píscius, o ferreiro da vila. Ajudava a limpar a forjaria e depois ia brincar de cavaleiro com seu irmão, Síon. Suas duas irmãs mais novas ajudavam sua mãe a coser para conseguir um dinheiro extra, e todos iam aos domingos ao templo do Deus Único cultuá-lo. Apesar da crescente influência da Eklísia na região, ouvia-se burburinhos a respeito dos Templários e da sua luta contra os Inquisidores, mas ninguém se pronunciava abertamente sobre isso.
Quando contava 19 anos estava acompanhando seu pai na entrega de uma encomenda até a cidade mais próxima quando, ao passar por uma ponte extensa de madeira, o cavalo de sua carroça torceu uma pata numa tábua solta e desgovernou-a, derrubando os dois no rio junto ao material da entrega. Como o rio estava raso naquela época do ano o material foi facilmente recuperado, mas seu pai caiu numa grande pedra e ficou desacordado. Sólon gritou por ajuda, quando apareceram dois Cavaleiros Templários e prestaram os primeiros socorros. Ajudaram a transportar seu pai e o material de volta à sua casa e fizeram o possível para restabelecer a saúde de seu pai, mas ele não resistiu aos ferimentos e faleceu poucos dias depois.
Devido ao exemplo demonstrado pelos Templários seu irmão Síon decidiu entrar para a Ordem, e desde então não tiveram mais notícias dele. Alguns anos depois sua mãe faleceu e suas irmãs se casaram, e Sólon se viu sozinho a cuidar dos negócios e da casa. A solidão era sua companheira, e só conseguia esboçar um sorriso quando olhava para o sinete que seu pai lhe deixou e se lembrava dos bons tempos naquele lugar. Sólon então decidiu mudar-se, já que sua vida também havia mudado. Pegou seu material de trabalho, algumas peças para vender, despediu-se da casa com uma oração e foi embora em sua carroça, cabisbaixo e com o coração pesaroso.
Seguindo a estrada para a grande cidade mais próxima, ouviu um barulho dentre uns arvoredos mais afastados da estrada, como gritos e sons de briga. Parou sua carroça e esgueirou-se até lá para verificar, e viu três integrantes da Eklísia atacando um homem, sua esposa e filha, extorquindo seus pertences. Sólon foi tomado pela fúria, voltou até sua carroça, apanhou uma espada para ele e outra para o homem e retornou para ajudá-lo. Atacou sorrateiramente o primeiro pelas costas com o seu punhal, enquanto os outros dois vieram em sua direção. Jogou uma espada para o homem daquela família e começou a digladiar com um dos malfeitores, enquanto a mulher e a filha fugiam para sua carroça. Mesmo com boa habilidade na esgrima, Sólon foi desarmado e caiu no chão, e antes de ser trespassado viu seu inimigo cair sem vida ao chão, apunhalado nas costas pela filha daquele casal. O outro comparsa fugiu ao ver aquela cena, e a família agradeceu fervorosamente a Sólon pela ajuda prestada.
Há muito Sólon não experimentava aquela felicidade. A alegria e gratidão estampada no rosto daquelas pessoas deu um novo sentido à sua vida, e a partir dali decidiu dedicar sua vida ao que considera justo ajudando outras pessoas. Foi até a carroça, retirou o necessário para sobreviver e presenteou-a àquela família, seguindo seu caminho a pé. Em especial, entregou seu punhal à moça em sinal de gratidão por ter salvo sua vida, e desde então vive aventurando-se pelo mundo, experimentando cada dia dividido entre os sorrisos e agradecimentos dos seus protegidos e a pungente e pesarosa companhia da sua imensa solidão.
Quando contava 19 anos estava acompanhando seu pai na entrega de uma encomenda até a cidade mais próxima quando, ao passar por uma ponte extensa de madeira, o cavalo de sua carroça torceu uma pata numa tábua solta e desgovernou-a, derrubando os dois no rio junto ao material da entrega. Como o rio estava raso naquela época do ano o material foi facilmente recuperado, mas seu pai caiu numa grande pedra e ficou desacordado. Sólon gritou por ajuda, quando apareceram dois Cavaleiros Templários e prestaram os primeiros socorros. Ajudaram a transportar seu pai e o material de volta à sua casa e fizeram o possível para restabelecer a saúde de seu pai, mas ele não resistiu aos ferimentos e faleceu poucos dias depois.
Devido ao exemplo demonstrado pelos Templários seu irmão Síon decidiu entrar para a Ordem, e desde então não tiveram mais notícias dele. Alguns anos depois sua mãe faleceu e suas irmãs se casaram, e Sólon se viu sozinho a cuidar dos negócios e da casa. A solidão era sua companheira, e só conseguia esboçar um sorriso quando olhava para o sinete que seu pai lhe deixou e se lembrava dos bons tempos naquele lugar. Sólon então decidiu mudar-se, já que sua vida também havia mudado. Pegou seu material de trabalho, algumas peças para vender, despediu-se da casa com uma oração e foi embora em sua carroça, cabisbaixo e com o coração pesaroso.
Seguindo a estrada para a grande cidade mais próxima, ouviu um barulho dentre uns arvoredos mais afastados da estrada, como gritos e sons de briga. Parou sua carroça e esgueirou-se até lá para verificar, e viu três integrantes da Eklísia atacando um homem, sua esposa e filha, extorquindo seus pertences. Sólon foi tomado pela fúria, voltou até sua carroça, apanhou uma espada para ele e outra para o homem e retornou para ajudá-lo. Atacou sorrateiramente o primeiro pelas costas com o seu punhal, enquanto os outros dois vieram em sua direção. Jogou uma espada para o homem daquela família e começou a digladiar com um dos malfeitores, enquanto a mulher e a filha fugiam para sua carroça. Mesmo com boa habilidade na esgrima, Sólon foi desarmado e caiu no chão, e antes de ser trespassado viu seu inimigo cair sem vida ao chão, apunhalado nas costas pela filha daquele casal. O outro comparsa fugiu ao ver aquela cena, e a família agradeceu fervorosamente a Sólon pela ajuda prestada.
Há muito Sólon não experimentava aquela felicidade. A alegria e gratidão estampada no rosto daquelas pessoas deu um novo sentido à sua vida, e a partir dali decidiu dedicar sua vida ao que considera justo ajudando outras pessoas. Foi até a carroça, retirou o necessário para sobreviver e presenteou-a àquela família, seguindo seu caminho a pé. Em especial, entregou seu punhal à moça em sinal de gratidão por ter salvo sua vida, e desde então vive aventurando-se pelo mundo, experimentando cada dia dividido entre os sorrisos e agradecimentos dos seus protegidos e a pungente e pesarosa companhia da sua imensa solidão.
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