segunda-feira, 17 de abril de 2017

A Busca pela Relíquia

Cena 1: Subindo o Rio
      22º dia do mês de Hermes, do 106º ano d.A. (depois do Arcadianos).
      Arredores de Jakar, Lengdoc.

      No fim de uma tarde comum Sólon sobe vagarosamente as margens do rio Jakar em direção à sua nascente, no meio da floresta Emater. Em seu cavalo Sólon está pensativo: muitas coisas importantes vêm ocorrendo naquela região depois do incidente com os integrantes da Eklísia, e isso está afetando seu humor e consequentemente suas decisões. Ele tem se sentido impaciente, indignado, e percebe que algo está mudando dentro dele. Nas cidades por onde passou o sentimento era parecido: cidadãos que "torcem o nariz" para as patrulhas da Eklísia, que fecham portas e janelas quando eles passam, enfim, demonstram indiretamente que desgostam deles. Mesmo após três anos do ocorrido, burburinhos sobre o seu nome têm circulado pela região, ao ponto das suas irmãs terem que se mudar para longe com medo de represálias dos integrantes da Eklísia. Ao passar pela cidade no dia anterior, viu sua antiga casa sem portas nem janelas, saqueada e abandonada às ruínas. Ao entrar num estabelecimento, discretamente aproximou-se do balcão do bar e escutou rumores de que o novo comandante do Posto Militar da Eklísia naquela região retomou as buscas deste foragido. Ninguém sabia o porquê, mas comentaram que patrulhas da Eklísia têm feito rondas nos arredores de Ecick, Jakar e Sojor mais intensamente nos últimos dois meses.
      Em meio aos seus pensamentos, Sólon ouve uma risada mais alta e atenta para alguns decâmetros à frente: nota que há três homens fardados e sentados ao redor de uma fogueira acesa numa das entradas da floresta. Apeia e observa cuidadosamente a situação, e conclui que são integrantes da Eklísia. Sólon percebe um excesso incomum de equipamentos ao redor deles, tais como mantimentos, livros e até um baú fechado, como se outros integrantes estivessem por perto -- ou eles teriam saqueado algum viajante incauto! Ele poderia evitar este encontro retornando e pegando outro caminho, mas uma raiva repentina o impeliu a seguir em frente. Prontamente equipa-se com sua espada enquanto traz cautelosamente seu cavalo pelas rédeas. Ao aproximar-se, o grupo o avista e o interpela:
      - Alto! Fique onde está e levante suas mãos! -- ordena o primeiro, levantando-se e armando-se com sua maça.
      - Não vim causar problemas. Estou indo à floresta em busca de algumas herbáceas para preparar unguentos -- respondeu Sólon enquanto se apoia na espada.
      - Ora, mas quanta gentileza em tão poucas palavras! Está parecendo que estamos diante de um nobre! -- ironiza o segundo, enquanto se curva fingindo uma reverência. Os três dão risadas.
      - Talvez o senhor esteja carregando muito peso, "milorde". Deixe-nos aliviá-lo deste fardo! - escarnece o terceiro, aproximando-se com sua maça enquanto os outros dois começa a cercar Sólon.
      - Agradeço a preocupação, senhores, mas sou forte o bastante para carregar meu próprio peso! Sólon então levanta sua espada e prepara-se para o combate!
      O combate começa e Sólon sofre vários golpes no tórax, pois os adversários demonstram habilidade no manejo de suas armas. Mesmo em desvantagem numérica, Sólon consegue reverter a situação e vence seus oponentes com considerável dificuldade, desgastando-se o suficiente para ter que voltar ao vilarejo mais próximo para restabelecer-se. Quanto aos pertences dos cadáveres, ele tira algum espólio e deixa o resto junto aos mesmos, embaixo de uma grande árvore. Apaga a fogueira e quaisquer outros vestígios da luta e segue para o vilarejo.
Sólon avista seus inimigos...
... e é cercado por eles!
E consegue vencê-los com dificuldade.

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