Cena 2: na Taverna
Já no meio da noite Sólon chega a Jakar e adentra a taverna Amigo Vento no intuito de uma refeição rápida antes de procurar a estalagem local. Em meio a várias conversas paralelas ouve algo realmente interessante e se aproxima discretamente para ouvir melhor: dois homens quase embriagados debatem sobre a presença da Eklísia na cidade, e de rumores a respeito de "movimentos estranhos" nas ruínas da Vila Emater.
- Os soldados estão aqui para capturar um foragido perigoso que anda por estas bandas! - diz um dos interlocutores.
- Que nada! Estão de olho no antigo tesouro das ruínas! Mas ninguém tem coragem de ir lá buscar! - responde o segundo, enquanto toma mais um gole de sua cerveja.
Neste momento entram na taverna dois soldados da Eklísia, causando um silêncio imediato em todos os presentes. Olhares nada amistosos os acompanham durante todo o recinto. Eles estão sérios como de costume e se dirigem ao balcão, enquanto Sólon se afasta e dá lugar aos dois. Sólon está um pouco desconfiado, mas disfarça virando as costas lentamente para eles. O taverneiro se mostra preocupado com a conversa pois, apesar de falarem baixo, a gesticulação e expressão de terror demonstrada pelo taverneiro leva a crer que sérios problemas vão lhe ocorrer caso não colabore com eles. Enfim, tão sérios quanto entraram eles se retiram, enquanto os presentes se dirigem ao balcão para saber o que aconteceu. Tristonho, o taverneiro explica:
- Eles acharam os corpos de três integrantes da Eklísia na entrada da floresta, e um deles havia roubado uma caneca daqui. Eles vão fechar a taverna até descobrir o que aconteceu a eles.
Neste instante Sólon percebeu que a investigação dos militares estava se aproximando demais, e que já passara da hora de sair dali. Mas as expressões revoltadas dos clientes da taverna lhe deixaram a impressão de que não foi de todo ruim ter lutado contra aqueles integrantes. Pareceu-lhe que o povo havia gostado da notícia anterior! Contudo, a história do tesouro das ruínas lhe chamou a atenção, a ponto de considerar seguir aquela trilha e se esconder da Eklísia enquanto procura algo valioso. O problema são os boatos de fantasmas e mortos-vivos das pessoas que habitavam aquele lugar e que não deixam ninguém sair vivo dali!
- Nada como um bom clérigo para expulsar o mal! - concluiu Sólon. Tenho que ir ao Mosteiro de Iphióc ver se tem algum corajoso o suficiente para me acompanhar até as ruínas. Sólon então decide sair logo cedo em direção ao mosteiro, mesmo sabendo que a estrada até lá está repleta de agentes da Eklísia.
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Sólon ouve a conversa dos bêbados. |
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Os soldados adentram a taverna... |
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... intimidam o taverneiro... |
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... e deixam o recinto. |
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